terça-feira, 13 de abril de 2010

Onde se tem o pão não se come a carne...

Onde se tem o pão não se come à carne...
Narciso acha feio o que não é espelho!


Estava eu frustrada e em contato com as minhas faltas,
Falta de que não seriam completos dois desejos simultâneos e contrapostos...
Na minha dor narcísica expirava raiva e desejo.
Numa louca contradição meu espírito se debatia confuso...

Querer a voluptuosidade do amor ou o amor à voluptuosidade?
Uma coisa era fato eu não poderia o ter e te-lo,
Logo eu deveria perder para poder o possuir para todo o sempre, Amém.

Tendo todo o dia em meus braços
Não despertaria a curiosidade em meu âmago:
Ao novo e ao medo ao desconhecido,
Nem pelo amor e nem pela dor.

A possibilidade de Amar estar na impossibilidade de o possuir.
Eis, que o conflito existencial que desperta a fera:
Ser ou não ser... Eis, a questão...
Pois só no conseqüente se tem.

Na experiência, eu sabia!
Se o vivesse na ilusão de o ter, do dia-a-dia que não passa,
A própria criação da Pseudo-Estagnação consumaria minha natureza Humana Comodismo, simples e avassalador como qualquer vício: Paixões.
Ficar em águas brandas em tempo de chuva, é realmente seguro?


Conviver com a Coisa na fantasia da forma é se vendar a LUZ.
Pura e Real, sutileza da aceitação.
Como um sinal de fumaça, ou a própria essência do AR.
Guerreando com a Vaidade, Oh, doce, prazer ainda!
Maior que a vontade de estabilizar meu barco...

Não me continha o calor aconchegante do ninho.
Oh, Paciência? Esperando los niños?
Havia me despertado mais uma batalha
Vinham as Naus, milhares e milhares de vezes.
Expondo o sofrimento. Onde a ferida já não existia...

Reconhecendo o causador da guerra,
O não mudar fica doloroso, Covarde, e amarelado,
Um quadro antigo e empoeirado. Opaco.
A imagem já não lhe reconhece, e você a ela.

Necessidade criada.
Alguém grita. Troca-se o cenário.
O personagem mais forte precisa ser mais forte do que o mais fraco...
Pois, sim. Ambos, verão o caminho.
Abandonar o baú de tesouros perdidos.

Pare.
Ainda, logo, mas, ainda se quiser viver
...prendendo a Coisa...
Converterei-a na Forma que eu quiser.
"Bruxa!"

Doce Brisa.
Testar-se é papel para a Fortaleza.
Atrás, Abismo.
E tenho dito, “Não regressareis”.

Acredito. Abandono o impossível.
Faz-se o Possível.
Coragem, visto-me.
Na ilusão através da alusão do Ter.

Faço. Sou. Não-Faço. Não-Sou.
Mudança. Estou Acordada!



"Through The Eyes Of A Slave" veja no youtube